quarta-feira, 21 de março de 2007

Greve na construção: desrespeito e tentativa de agressão

Eu não sabia que eles estavam em greve. Descobri hoje após o lamentável fato narrado abaixo:

Hoje as 7 horas da manhã, após voltar de minha corrida, deparo-me na construção ao lado do meu prédio com uma aglomeração de pessoas e um carro de som. Era o pessoal do SINTRACON - SP - Regional Campinas – Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, fazendo alguns comunicados e reivindicações. Com microfone, com o volume muito alto e, repito, as 7 horas da manhã.

Eles tem toda a liberdade de fazer manifestações, informar seus filiados, etc. Tem até o direito de dizer as pérolas que disseram: “engenheiro e arquiteto só ficam desenhando, nós é que trabalhamos”; “nós somos os novos metalúrgicos do ABC”, entre outras tiradas desse calibre. Porém, deveriam ter o bom senso de observar o horário e o volume do som para que a vizinhança não seja incomodada tão cedo.

Como sou adepto do diálogo, fui até lá conversar com eles e pedir para que, pelo menos, não usassem o microfone, já que o “público” era pequeno (umas 15 pessoas) e o som alto incomodava uns 200 moradores do prédio em que moro.

Conforme falava com o “companheiro”(sem que ele tomasse o menor conhecimento do que eu dizia), ele começou a incitar o pessoal com palavras de ordem: “a lei do silêncio vai de 6 ate as 10”; “você não tem que acordar cedo pra trabalhar” ; nos construímos o prédio que você mora”; “tá vendo, eles querem ficar dormindo”.

Foi aí que o inevitável aconteceu: um dos trabalhadores se exaltou e tentou me agredir. Ele foi contido por outros, mas ele tentava se desvencilhar partir para cima de mim.

Diante desse fato, retire-me e chamei a polícia, que é quem deve tratar de um caso de agressão. O soldado da PM que esteve no local, reiterou que se eu quisesse, deveria ir até o DP e registrar a ocorrência. Ainda estou pensando se faço isso e levo essa briga adiante. O pessoal do sindicato disse para eu não fazer isso porque pode ser pior, deixando subentendida alguma ameaça a minha integridade física.

Por hora, o que posso fazer, é externar a minha indignação com os métodos de manifestação do SINTRACON- SP - Campinas, que não levam em consideração a comunidade que mora no entorno dos locais de trabalho de seus filiados e que confundem liberdade de manifestação com liberdade de perturbar outras pessoas que nada tem a ver com suas reivindicações.

Links sobre a greve:

G1

UOL

quarta-feira, 30 de agosto de 2006

Pergunta

O ministro do Trabalho Luís Marinho (aquele que, ao comentar a pesquisa sobre desemprego do IBGE, esqueceu de olhar que ela é feita nas regiões metropolitanas e desceu o sarrafo na mesma) já contabilizou no CAGED os 3.000 funcionários da Volks que vão pra rua?
É o sindicalismo de resultados da CUT e do PT dando certo...
Voto de cabresto

Pra quem ainda tinha dúvidas de que o Bolsa Familia é uma variante moderna do "voto de cabresto", tá aí a prova.
Os pagamentos cresceram 56% no mês de julho coincidindo (veja bem, coincidindo!) com a subida de Lulla-lá nas pesquisas.

Veja mais no Contas Abertas

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Brasileirão

O Santos pisou na bola ontem. Em um jogo horroroso, perdeu em casa para o Vasco. E o Luxa diz que quer ser campeão...
O São Paulo mantém a ponta graças ao mala do Rogério. Porque ele não jga com a nove de uma vez? Já que no gol ele entregou a Libertadores com um frangaço, poderia ir jogar de centroavante.
O Curintia parece que se achou com o Leão. Mas o Tevez diz que pode sair. É meio time indo pro saco!
O Palmeiras conseguiu um bom empate com o Inter.
A Ponte estava ganhando do Goiás de dois a zero, permitiu o empate e teve um pênalti marcado no último minuto. O tal do Almir conseguiu errar duas vezes! E o juizão mandou voltar as duas! Aí trocaram o batedor e a Ponte conseguiu a vitória.
O resto dos times não vou comentar porque não vi e não tô nem aí pra eles.
A menção honrosa vai para o Guarani que tomou oito (isso,8!) do Sport lá em Recife pela segundona.

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Meu nome é Zé Pequeno, porra!


Polônia desmembra quadrilha liderada por menino de 4 anos

A Polícia de Cracóvia, na Polônia, desmembrou hoje uma quadrilha infantil que, liderada por um menino de quatro anos, roubava outras crianças.


É cada uma que me aparece...
Esses são os verdadeiros "pequenos meliantes".
Só fiquei na dúvida sobre qual seria o produto do roubo. Lanches? sucos? Chocolate? Livros de histórias infantis? Balas?
Internacional x São Paulo

Belo jogo!
Cheio de alternativas com os dois times mostrando muita vontade e capacidade de vencer.
O título ficou com o Inter, time de melhor campanha da Libertadores, com muita justiça.
Mas o mais bonito foi ver o Rogério Ceni entregando o ouro! Ele pode ser bom goleiro, mas é intragável e insuportável! Chupa Rogério!

Deixo aqui as palavras de Pedro Ernesto Denardin, da Rádio Gaúcha:
"O Inter rasga a camisa do São Paulo e pisa em cima dela."
"O Inter humilha o campeão do mundo. O campeão do mundo destroçado pelo futebol do Internacional."
"Destroçado, humilhado, rasgado, demolido!"
"O campeão do mundo se entregou pro Colorado."

Vídeo do cidadão.
Brasil x Noruega

Na estréia de Dunga e com um time de anões, o Brasil "B" enfrentou a Noruega, que por definição é um time "B".
Não vi o jogo, mas o comentários dizem que faltou futebol mas sobrou vontade.
Considerando que na Copa não tínhamos nenhum dos dois, já é um avanço.
O jogo foi 1 a 1.

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

Definições

Prometi postar uma definição simples de ateísmo e ceticismo.
Vamos lá:

Ateísmo: ausência de crença em deuses. Só isso! A própria etmologia da palavra já diz tudo. O resto é masturbação mental!

Ceticismo: posição crítica sobre determinada alegação. Caracteriza-se pelo uso do método científico e do pensamento crítico para validar fatos e idéias.

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Ciência, Bruxas e Raças

Excelente artigo do professor da UFMG, Dr. Sérgio Danilo Pena, sobre a questão da imprecisão do termo "raça' e do quanto é inoportuno gerar privilégios para um grupo em detrimento da individualidade e do mérito pessoal.
Saiu na Folha de São Paulo de hoje.
Ciência, bruxas e raças

Certamente, a humanidade do futuro não acreditará em raças mais do que acreditamos hoje em bruxaria

DO PONTO de vista biológico, raças humanas não existem. Essa constatação, já evidenciada pela genética clássica, hoje se tornou um fato científico irrefutável com os espetaculares avanços do Projeto Genoma Humano. É impossível separar a humanidade em categorias biologicamente significativas, independentemente do critério usado e da definição de "raça" adotada. Há apenas uma raça, a humana.
Sabemos, porém, que raças continuam a existir como construções sociais. Alguns chegam mesmo a apresentar essa constatação com tom de inevitabilidade absoluta, como se o conceito de raça fosse um dos pilares da nossa sociedade. Entretanto, não podemos permitir que tal construção social se torne determinante de toda a nossa visão de mundo nem de nosso projeto de país.
Em recente artigo na "Revista USP", eu e a filósofa Telma Birchal defendemos a tese de que, embora a ciência não seja o campo de origem dos mandamentos morais, ela tem um papel importante na instrução da esfera social. Ao mostrar "o que não é", ela liberta pelo poder de afastar erros e preconceitos. Assim, a ciência, que já demonstrou a inexistência das raças em seu seio, pode catalisar a desconstrução das raças como entidades sociais. Há um importante precedente histórico para isso.
Durante os séculos 16 e 17, dezenas de milhares de pessoas foram oficialmente condenadas à morte na Europa pelo crime de bruxaria. As causas dessa histeria em massa são controversas. Obviamente, a simples crença da época na existência de bruxas não é suficiente para explicar o ocorrido.
É significativo que a repressão à bruxaria tenha vitimado primariamente as mulheres e possa ser interpretada como uma forma extrema de controle social em uma sociedade dominada por homens. Mas, indubitavelmente, a crença em bruxas foi essencial para alimentar o fenômeno. Assim, podemos afirmar que, na sociedade dos séculos 16 e 17, as bruxas constituíam uma realidade social tão concreta quanto as raças hoje em dia.
De acordo com o historiador Hugh Trevor-Roper, o declínio da perseguição às bruxas foi em grande parte causado pela revolução científica no século 17, que tornou impossível a crença continuada em bruxaria.
Analogamente, o fato cientificamente comprovado da inexistência das "raças" deve ser absorvido pela sociedade e incorporado às suas convicções e atitudes morais. Uma atitude coerente e desejável seria a valorização da singularidade de cada cidadão. Em sua individualidade, cada um pode construir suas identidades de maneira multidimensional, em vez de se deixar definir de forma única como membro de um grupo "racial" ou "de cor".
Segundo o nobelista Amartya Sen, todos nós somos simultaneamente membros de várias coletividades, cada uma delas nos conferindo uma identidade particular. Assim, um indivíduo natural de Ruanda pode assumir identidades múltiplas por ser, por exemplo, africano, negro, da etnia hutu, pai de família, médico, ambientalista, vegetariano, católico, tenista, entusiasta de ópera etc. A consciência de sua individualidade e dessa pluralidade lhe permite rejeitar o rótulo unidimensional de "hutu", que, como tal, deveria necessariamente odiar tútsis.
Pelo contrário, em sua pluralidade de identidades ele pode compartilhar interesses e encontrar elementos para simpatia e solidariedade com um outro indivíduo que também é ruandês, negro, africano, colega médico, tenista e cantor lírico, e que, entre tantas outras identidades, também é da etnia tútsi.
Em conclusão, devemos fazer todo esforço possível para construir uma sociedade desracializada, na qual a singularidade do indivíduo seja valorizada e celebrada e na qual exista a liberdade de assumir, por escolha própria, uma pluralidade de identidades. Esse sonho está em perfeita sintonia com o fato, demonstrado pela genética moderna, de que cada um de nós tem uma individualidade genômica absoluta que interage com o ambiente para moldar a nossa exclusiva trajetória de vida.
Alguns certamente vão tentar rejeitar essa visão, rotulando-a de elitista e reacionária. Mas, como ela é alicerçada em sólidos fatos científicos, temos confiança de que, inevitavelmente, ela será predominante na sociedade. Talvez isso não ocorra em curto prazo aqui no Brasil, principalmente se o Congresso cometer a imprudência de aprovar o Estatuto da Igualdade Racial, o qual forçará os cidadãos a assumirem uma identidade principal baseada em cor.
Um pensamento reconfortante é que, certamente, a humanidade do futuro não acreditará em raças mais do que acreditamos hoje em bruxaria. E o racismo será relatado no futuro como mais uma abominação histórica passageira, assim como percebemos hoje o disparate que foi a perseguição às bruxas.


SÉRGIO DANILO PENA, 58, médico, doutor em genética humana, é professor titular de bioquímica na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Foi presidente do Programa Latino-Americano do Genoma Humano (1992-1994) e presidente do Comitê Sul-Americano do Programa de Diversidade Genômica Humana (1994-1996).
Convocação

Achei meio esquisita essa convocação. O Kaká e o Gaúcho não foram convioados porque estão em início de temporada. Assim como o Lúcio, Juan, Robinho, Cicinho...
Gostei do Alex do PSV (que deveria ter ido à Copa).
Agora, quem viu os caras lá do leste europeu jogarem? E a insistência em Edmilson e Julio Batista? Pará ô!
Pior que isso só o trio carioca: o lateral Marcelo (Fluminense), os meio-campistas Jônatas (Flamengo) e Morais (Vasco). E não chamou ninguém de nenhum time de São Paulo...
Menos mal que o jogo é com a Noruega e não vale porra nenhuma!

terça-feira, 25 de julho de 2006

Eu já sabia

Sei que não adianta porra nenhuma dizer isso agora, mas eu já tinha dito que o Dunga seria o técnico da seleção brasileira. E tenho testemunhas que atestam que, quando perguntado, respondi que seria ele pelos seguintes motivos:
  • Foi capitão e vitorioso pela seleção;
  • É próximo a corruptela atual da CBF;
  • Gera um fato semelhante a Klinsman e Rijkaard.
Pessoalmente achei uma boa escolha.
Pelo menos o Luxa fica no Peixe. O que, convenhamos, é bem melhor que a seleção!